terça-feira, 4 de agosto de 2009

Fique de olho nem tudo que parece ser mistico é confiavel!



A finitude humana é um estigma, que carregamos durante toda a passagem de nossa vida. Por mais que tentemos remover esse quelóide, a recidiva é questão de tempo. Principalmente, quando se vive num mundo estremamente veloz e materialista.

Alguns se afundam no trabalho, outros partem em busca de riquezas, alguns outros buscam o poder e tantos outros buscam a espiritualidade, como forma de transpor o medo do findar da existência, cada vez mais visível.

Todos os caminhos, se não passarem pelo equilíbrio, tendem a trazer consequências danosas à vida das pessoas. No entanto, um deles, deve ser visto com cuidado redobrado, sob o risco de se despencar no despenhadeiro do existir, antes do momento devido.

Refiro-me ao caminho que abre mão da realidade, como a melhor forma de escapismo: a busca pela espiritualidade a qualquer preço. Talvez pelo fato de privar a carne de todos os seus deleites, devidamente merecidos, como se a mortificação dessa, fosse a salvação da alma. Esquecendo-se de que carne e espírito são sagrados, na mesma proporção. E infinitamente belos.

Tais pessoas, ainda em vida, abandonam o corpo, para depositar o espírito nas mãos das mais esdrúxulas figuras e denominações: marqueteiros de auto ajuda, gurus, xamãs, homens santos, seitas exóticas, poderes sobrenaturais, etc, sem nenhuma reflexão. De modo que as superstições, capitaneadas pela fantasia, acabam levando muitos supostos “espiritualistas” à loucura. Destruindo o corpo e jogando a mente na mais completa insanidade.

A gente Ocidental, ao longo dos anos, elegeu a Índia como o altar da espiritualidade. Na imensa maioria das vezes, sem nada conhecer sobre a cultura do país, mas induzida pelos relatos de artistas e socialites, que vão e vêm sem nada conhecer de verdadeiro, a não ser os “spas” cinco estrelas.

Em Carma-Cola, a escritora indiana, Gita Mehta, fala sobre uma carta que recebeu de uma jovem encarcerada num hospício dos Estados Unidos. Reproduzo aqui, suas palavras:

“A autora (da carta) se descreve como tendo estado entre as centenas de milhares de ocidentais, que foram à Índia na crença de que encontrariam homens santos capazes de libertá-los do tédio e do desespero de um mundo cada vez mais materialista.

Logo após sua chegada, quando caminhava pela rua, a jovem encontrou um homem vestido com o manto de cor de açafrão da renúncia, que se ofereceu para ser seu mentor espiritual.

Encantada com o fato de que a iluminação já estava a seu alcance, tornou-se sua adepta, seguindo-o até uma caverna no alto do Himalaia, onde, lhe disseram, outros gurus espirituais estavam esperando para iniciá-la nos caminhos do misticismo oriental.

Então, sua iniciação começou.

Os gurus deram-lhe comida misturada com drogas. Quando ela ficou incapacitada, atacaram-na sexualmente.

Durante semanas, foi prisioneira sexual drogada de seus mestres, até que conseguiu escapar e encontrar o caminho de volta aos Estados Unidos – onde foi imediatamente hospitalizada como louca.

Agora, está no processo de obter sua libertação do hospital, capaz de rir de si mesma.

Finaliza dizendo:

- Porque depois de ler seu livro, me dei conta de que jamais deveria ter confiado em gurus que usam tênis Adidas”.

Nota: este texto é uma homenagem aos leitores de THANA/ MAHARASHTRA (ÍNDIA)

Beijos carinhosos.

Éricka

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Palavras recentemente utilizadas na novela e seus significados


A Índia é um mosaico de línguas, que incluem mais de 400 idiomas e dialetos pertencentes, principalmente, a duas famílias lingüísticas: a indo-ariana e a dravídica, além do inglês.

A constituição da Índia estipula que o híndi e o inglês sejam as duas línguas oficiais da administração federal. Embora estejamos em Indore, aonde é falado o Híndi, muitas pessoas aqui falam marati e alguns outros dos 400 idiomas daqui. Em coimbatore por exemplo costumam se falar o Tâmil.

Vários lugares e vilarejos utilizam diferentes idiomas mas esse básico pelo que vi quando fui ao Brasil, são usados com freqüência ai na novela. Então vai aqui alguns signficados abrasileirados!!!!!

A seguir, os termos mais usados pela autora da novela em sua populosa e enganosa obra, Porque a Índia cá entre nós fica muito bonita vista pela novela.

ARE BABA - é uma exclamação. Equivale a um “poxa!” /”ô Deus” /”não” /”não brinca”/ “ah, não”
BAGUAN KELIÊ - por Deus! ô meu Deus!
AREBAGUANDI - também no sentido de “ai meu Deus”! (quando se põe esse final “di”, acrescenta-se um respeito maior à pessoa a quem você se dirige. Assim, arebaguandi é um “ô meu deus”mais respeitoso ainda que o BAGUAN KELIÊ)
DJAN - querido, amado
TCHALÔ - vamos!
DJAN. DJAN - vá, vá, vamos
ULU - pessoa estúpida, burra
ULUCAPATÁ - o maior de todos os burros! “grande senhor dos burros”, como traduzem os indianos
ATCHÁ - expressao de satisfação
ATCHATCHATCHA - expressão que traduz muita satisfação
FIRANGHI - estrangeira
DHANYAVAAD - Obrigado!
KOIBHAT NAHI - De nada!
TIK-RÉ - Sim, Ok, Tudo bem
NARRIN - Não!
SHUKRIÁ - Outra forma de dizer “Muito obrigado!”
ATCHA - Que ótimo!, Que bom!, Que legal!
OM SHANTI - Desejo-te paz! ou A Paz do Senhor!

TRATAMENTOS FAMILIARES

Na India, a maneira de chamar um parente especifica exatamente o grau de parentesco que se tem com ele. Vejam:
pai - baldi ou papa
mãe - mamadi ou mami
irmão mais velho, ou por exemplo a qualquer pessoa mais velha que ele ou ela- bhaya
irmã - didi
tio por parte de pai - barepapa (o mais velho) caca ou tchatcha (o mais novo)
tio por parte de mãe - mama
tia por parte de mãe - massi
avô por parte de pai - dada
avó por parte de pai - dadi
avô por parte de mãe - nana
avó por parte de mãe - nani


Beijos

Ericka